Manifesto dos Invisíveis

Meia centena de ciclistas urbanos, entre eles eu, resolveram se juntar e escrever uma carta aberta, para que também tivéssemos nossa voz na discussão sobre ciclovias, bicicletas alugadas e respeito no trânsito. A carta cresceu tanto que virou um Manifesto. O Manifesto dos Invisíveis. Confira abaixo. Se você gostou e concorda com o que foi dito, assine também. Basta deixar um comentário e incluirei o seu nome.

Motorista, o que você faria se dissessem que você só pode dirigir em algumas vias especiais, porque seu carro não possui airbags? E que, onde elas não existissem, você não poderia transitar?

Para nós, cidadãos que utilizam a bicicleta como meio de transporte, é esse o sentimento ao ouvir que “só será seguro pedalar em São Paulo quando houver ciclovias”, ou que “a bicicleta atrapalha o trânsito”. Precisamos pedalar agora. E já pedalamos! Nós e mais 300 mil pessoas, diariamente. Será que deveríamos esperar até 2020, ano em que Eduardo Jorge (secretário do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo) estima que teremos 1.000 quilômetros de ciclovias? Se a cidade tem mais de 17 mil quilômetros de vias, pelo menos 94% delas continuarão sem ciclovia. Como fazer quando precisarmos passar por alguma dessas vias? Carregar a bicicleta nas costas até a próxima ciclovia? Empurrá-la pela calçada?

Ciclovia é só uma das possibilidades de infra-estrutura existentes para o uso da bicicleta. Nosso sistema viário, assim como a cidade, foi pensado para os carros particulares e, quando não ignora, coloca em segundo plano os ônibus, pedestres e ciclistas. Não precisamos de ciclovias para pedalar, assim como carros e caminhões não precisam ser separados. O ciclista tem o direito legal de pedalar por praticamente todas as vias, e ainda tem a preferência garantida pelo Código de Trânsito Brasileiro sobre todos os veículos motorizados. A evolução do ciclismo como transporte é marca de cidadania na Europa e de funcionalidade na China. Já temos, mesmo na América do Sul, grandes exemplos de soluções criativas: Bogotá e Curitiba.

Não clamamos por ciclovias, clamamos por respeito. Às leis de trânsito, à vida. As ruas são públicas e devem ser compartilhadas entre todos os veículos, como manda a lei e reza o bom senso. Porém, muitas pessoas não se arriscam a pedalar por medo da atitude violenta de alguns motoristas. Estes motoristas felizmente são minoria, mas uma minoria que assusta e agride.

A recente iniciativa do Metrô de emprestar bicicletas e oferecer bicicletários é importante. Atende a uma carência que é relegada pelo poder público: a necessidade de espaço seguro para estacionar as bikes. Em vez de ciclovias, a instalação de bicicletários deveria vir acompanhada de uma campanha de educação no trânsito e um trabalho de sinalização de vias, para informar aos motoristas que ciclistas podem e devem circular nas ruas da nossa cidade. Nos cursos de habilitação não há sequer um parágrafo sobre proteger o ciclista, sobre o veículo maior sempre zelar pelo menor. Eventualmente cita-se a legislação a ser decorada, sem explicá-la adequadamente. E a sinalização, quando existe, proíbe a bicicleta; nunca comunica os motoristas sobre o compartilhamento da via, regulamenta seu uso ou indica caminhos alternativos para o ciclista. A ausência de sinalização deseduca os motoristas porque não legitima a presença da bicicleta nas vias públicas.

A insistência em afirmar que as ruas serão seguras para as bicicletas somente quando houver milhares de quilômetros de ciclovias parece a desculpa usada por muitos motoristas para não deixar o carro em casa. “Só mudarei meus hábitos quando tiver metrô na porta de casa”, enquanto continuam a congestionar e poluir o espaço público, esperando que outros resolvam seus problemas, em vez de tomar a iniciativa para construir uma solução.

Não podemos e não vamos esperar. Precisamos usar nossas bicicletas já, dentro da lei e com segurança. Vamos desde já contribuir para melhorar a qualidade de vida da nossa cidade. Vamos liberar espaços no trânsito e não poluir o ar. Vamos fazer bem para a saúde (de todos) e compartilhar, com os que ainda não experimentaram, o prazer de pedalar.

Preferimos crer que podemos fazer nossa cidade mais humana, do que acreditar que a solução dos nossos problemas é alimentar a segregação com ciclovias. Existem alternativas mais rápidas e soluções que serão benéficas a todos, se pudermos nos unir para construi-las juntos.

A rua é de todos. A cidade também.

Nós, que também somos o trânsito:

Afonso Savaglia (Savaglia)
Alberto Pellegrini
Alexandre Afonso
Alexandre Catão
Alexandre Loschiavo (Sampabiketour)
Alexandre Palmieri (Kampa)
Alex Gomes ( U-Biker )
Alonzo “Chascon” Zarzosa (Terrorista Latino)
Álvaro Diogo
Ana Paula Cross Neumann (Aninha)
Andre Galhardo
André Mezabarba – Belo Horizonte
André Pasqualini (CicloBR)
André Vinicius Mulho da Costa
Antonio Lacerda Miotto (Pedalante)
Aylons Hazzud
Ayrton Sena Santos do Nascimento
Beto Marcicano (Super Ação!)
Bruno Canesi Morino
Bruno Gola
Bruno Giorgi Crisóstomo Ianoni
Bruno Rodrigues
Caio Yamazaki Saravalle
Carolina Spillari
Cármen Sampaio Amendola
Célia Choairy de Moraes
Chantal Bispo (Eu vou voando)
Chico Macena (www.chicomacena.com.br)
Daniel Ingo Haase (FAHRRAD)
Daniel Albuquerque
Daniel das Neves Magalhães
Daniel Moura
Daniel Ranieri Costa (São Paulo, SP)
Daniela Pastana Cuevas
Danilo M May
Drielle Caroline Alarcon
Eduardo Girão (Estudio Girão)
Eduardo Lopes Merege
Eduardo Marques Grigoletto (CicloAtivando)
Evelyn Araripe
Fabiano Faga Pacheco
Fabricio Mouret
Fabrício Zuccherato (pedal-driven)
Flávio “Xavero” Coelho
Felipe Aragonez (Falanstérios)
Felipe Fontes (pensandotorto)
Felipe Martins Pereira Ribeiro
Felippe (Ciclo Urbano)
Fernando Guimarães Norte
Filipe Franco de Souza
Gerhard Grube
Gustavo Bianchini (Total Bike)
Gustavo Fonseca Meyer
Hélio Wicher Neto
Henrique Boney (www.boney.com.br)
Hilton Bulhoes
Ian Thomaz (Enquanto não Há Fogo)
Isaac Akira Kojima (Total Urbs)
Jeanne Freitas Gibson
João Guilherme Lacerda
José Alberto F. Monteiro
Joao Paulo Pedrosa (Malfadado, o contestatário)
José Paulo Guedes Pinto (Ecologia Urbana)
Juliana da Silva Diehl
Juliana Mateus
Jupercio Juliano de Almeida Garcia
Laércio Luiz Muniz
Larissa Xavier Neves da Silva (Porto Alegre, RS)
Lauro Martins de Oliveira
Leandro Cascino Repolho
Leandro Coletto Biazon
Leandro Kruszielski (meandros)
Leandro Valverdes
Leonardo Américo Cuevas Neira
Lewis Clementino da Silva
Luciano César Marinho
Lucien Constantino
Luis Sorrilha (BIGSP)
Luiz Humberto Sanches Farias
Maíra Rosauro Zasso (Desembuchando)
Manuela Ortiz
Marcelo Bunscheit (Roda 28)
Marcelo de Almeida Siqueira (http://www.bicicuba.blogspot.com) e (http://www.galeriadoartista.com.br)
Marcelo Império Grillo
Márcia Regina de Andrade Prado
(† 14.1.2009)
Márcio Campos
Marcos Miranda Toeldo – Belo Horizonte
Mariana Zdravca
Mário Canna Pires
Marla Estima Vargas Ranieri Costa
Matias Mignon Mickenhagen
Mathias Fingermann
Maurício Rodrigues de Souza
Mauro Baraldi
Michelle Bertolazi Gimenes
Neide Gaspar
Otávio Remedio
Paula Cinquetti
Paulo V. Delgado
Polly Rosa
Poti Campos (Pedivela)
Rafael Ehlert (Porto Alegre, RS)
Renata Falzoni (falzoni.comnightbikersespn/renatafalzoni)
Renato Panzoldo
Ricardo Lacerda Bruns
Ricardo Nunes (ExtremeFunBikes)
Ricardo Shiota Yasuda
Ricardo Sobral (Bicicleta na Cidade)
Roberto Piani
Rodrigo Arnoud
Rodrigo Mendonça (www.blog.caminhosturismo.com)
Rodrivo Navarro
Rodrigo Sampaio Primo
Rodrigo Squizato (Blog da Terra)
Ronaldo Toshio
Silvia Düssel Schiros (Faça a sua parte)
Silvio Duarte Moris (http://silviobikersp.multiply.com)
Silvio Tambara (Na medida do humano)
Talita Oliveira Noguchi
Thatiane Hijano Costa
Thiago Benicchio (Apocalipse Motorizado)
Tinho Costa (Selva de Pedra)
Vado Gonçalves (cicloativismo)
Verônica Mambrini
Victor Y. G. Takayama
Vinicius de Araujo Sant’ Ana
Vinicius Zanona (Guarapuava, PR)
Vitor Leal Pinheiro (Quintal)
Willian Cruz (Vá de Bike!)
Yorik von Havre (Yorik`s coffee corner)

:::
A foto é cortesia de patotenere via Flickr.
Comments
92 Responses to “Manifesto dos Invisíveis”
  1. Yuri Schultz says:

    Fecha exatamente com o que eu penso.
    Parabéns pelas idéias.
    Yuri

  2. Oi Vitor,

    O Yuri Schultz mandou o link do seu manifesto pro nosso forum de Curitiba.

    Pode incluir mais algumas centenas de pessoas aí no seu manifesto…

    Infelizmente as soluções criativas de Curitiba dos anos 60 e 70 não se repetiram e nas últimas décadas nossa cidade tem se tornado cada vez mais dependente do carro. Com o declínio do transporte público e a falta de respeito aos ciclistas…

  3. Eu assino por baixo, sem hesitar!

    Abraços e bora la pedalar!

  4. Silvio says:

    Bela foto.

  5. Silvia says:

    Vitor, quero assinar também:

    Silvia Düssel Schiros
    Faça a sua parte (http://verbeat.org/blogs/facaasuaparte)

  6. Também subscrevo e assino!

    Ricardo Sobral
    Bicicleta na Cidade (http://bicicletanacidade.blogspot.com/)

  7. Fabiano Faga Pacheco says:

    E aí, Vitor! é possível completar o meu sobrenome? valeu!

  8. jessica says:

    oi111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111

  9. André says:

    Estou nesta luta!
    André Mezabarba – Belo Horizonte

  10. Vitor, também gostaria de assinar!

    Rodrigo Mendonça – http://www.blog.caminhosturismo.com

    Abraços,

  11. funride says:

    Não poderia deixar passar esta oportunidade de assinar um manifesto que representa de forma tão clara a minha opinião sobre as cidades modernas e a utilização de bicicletas como meio de transporte. Não será uma “luta” fácil, mas é absolutamente necessária!

    Ricardo Nunes
    ExtremeFunBikes (www.extremefunbikes.co.cc)

  12. Irineu Dourado Oliveira says:

    Parabéns pelo artigo. Deixar as nossas Bikes encostadas na garagem não nos ajudará em nada. Por isso, o negócio é pedalar cada vez mais. A rua é de todos e a cidade também. Um abraço.

  13. PCCraveiro says:

    Vejam só como as coisas são. Acabei de ler a noticia da morte de uma das participantes do movimento “Manifesto dos Invisíveis” (a ciclista: Márcia Regina de Andrade Prado).
    E vejam o absurdo. Ela morreu atropelada na av. Paulista andando de bicicleta…

  14. Fabiola says:

    Acabei de ler a notícia da negligencia geral, a morte da Márcia andando de bicicleta e o corpo que ainda está lá e a espera do quê???

    Essa é a hora de falar!

  15. Luis Antonio Figueiredo says:

    De bicicleta, sempre.
    Apesar de tudo.

  16. LINO LESSA DE MOURA says:

    Fã de bicicleta que sou. Hoje chateado, será a mesma que assinou o manifesto ?

    “14/01/2009 – 16h58
    IML retira da Paulista corpo de ciclista que esperou 4 horas pela remoção
    Publicidade
    da Folha Online

    O corpo da ciclista Márcia Regina de Andrade Prado, 40, atropelada na avenida Paulista, ”
    …. se for… lamentável.

  17. Devemos cobrar satisfações do prefeito!
    A cidade precisa de ciclovias.

  18. Marcos Miranda Toeldo - Belo Horizonte says:

    Li a triste notícia, mas nada me desanima de pedalar e pedir mais respeito para a bicicleta no trânsito das cidades! Assino embaixo, inclua meu nome, por favor!
    Marcos Miranda Toledo – Belo Horizonte

  19. Precisamos de ciclovias e respeito!

  20. Marcelo Cury says:

    Olá! Lamento muito a morte da ciclista Márcia Regina de Andrade Prado. Fiz uma matéria a respeito do atropelamento dessa militante adepta ao uso da bicicleta e que, inclusive, assina o “Manifesto dos Invisíveis”. As imagens da interdição da Paulista estão no blog de trânsito da Pan, o http://www.blogdocury.com. A imagem da Márcia no momento da perícia foi preservada. Abraços a todos com muito pesar, pois eu também sou ciclista. Marcelo Cury

  21. leniza says:

    pessoal!

    chegou o momento de vcs se unirem e armarem um protesto em plena avenida paulista!

    depois do ocorrido hje não dá pra deixar passar!

  22. Fernando Duque says:

    Lamento profundamente o ocorrido !!! Não vejo a menor possibilidade de ciclistas sobreviverem nesse trânsito de ANIMAIS em São Paulo!!! Carros, motocilcetas, ônibus, microônibus, caminhões se atracando como selvagens da pré-história disputando a carniça do mais recente animal abatido na caça !!! Não tem jeito !!! A chance de serem implantadas ciclovias nesta megalópole é ZERO !!! Sinto muito, a verdade é dura e cruel !!! Essa é uma causa PERDIDA !!! Infelizmente !!!

  23. Marcelo biker says:

    Não dá mais para ficar como está.
    Cadê o respeito pelo o ser humano.O respeito para o transporte de menor porte.
    Art. 201- Deixar de guardar a distância lateral de um metro e cinqüenta centímetros ao passar ou ultrapassar bicicletas: Infração – média; Penalidade – multa.
    Art. 214- Deixar de dar preferência de passagem a pedestre e a veiculo não motorizado:
    I- que se encontre na faixa a ele destinada:
    Infração – Gravíssima;
    Penalidade – multa.

    Vamos correr atrás do nosso prejuiso.

    Um cicloabraço a todos e que Deus receba de braços aberto nossa amiga.
    Art. 220- Deixar de reduzir a velocidade do veiculo de forma compatível com a segurança do trânsito: XIII – ao ultrapassar ciclista: Infração – grave; Penalidade – Multa

    Estas leis não valem para nada?

  24. Marcelo biker says:

    Não dá mais para ficar como está.
    Cadê o respeito pelo o ser humano.O respeito para o transporte de menor porte.
    Art. 201- Deixar de guardar a distância lateral de um metro e cinqüenta centímetros ao passar ou ultrapassar bicicletas: Infração – média; Penalidade – multa.
    Art. 214- Deixar de dar preferência de passagem a pedestre e a veiculo não motorizado:
    I- que se encontre na faixa a ele destinada:
    Infração – Gravíssima;
    Penalidade – multa.
    Art. 220- Deixar de reduzir a velocidade do veiculo de forma compatível com a segurança do trânsito: XIII – ao ultrapassar ciclista: Infração – grave; Penalidade – Multa

    Estas leis não valem para nada?
    Vamos correr atrás do nosso prejuiso.

    Um cicloabraço a todos e que Deus receba de braços aberto nossa amiga

  25. Daniela says:

    quanta tristeza, onde estamos? que tragedia. sou ciclista e quanto medo de pedalar…..sair tão longe dessa cidade para simplesmente subir na bike.

  26. Sou ciclista há muito tempo,temos um grupo grande o Roda28 fazemos passeios inclusive pela av. Paulista,acredito que os ciclistas ainda são os mais cordiais mesmo sem se conhecer,sinto pela ciclista, ainda mais sabendo que era uma das batalhadoras pelo movimento, acredito que uma mobilização com muitas bicicletas seria legal para pelo menos dizer que existimos e somos muitos e que queremos apenas o nosso lugar e respeito,por favor pode colocar meu nome no manifesto

  27. Daniel das Neves says:

    Muito triste o que ocorreu hoje…
    Até quando vamos ver esses absurdos e deixar pra lá, enquanto não é com alguém que conhecemos, tudo bem, não é problema meu. Mas quantas pessoas morrem por imprudência, e o pior, por falta de respeito. Infelizmente é só mais um caso dentre outros milhões, que ocorrem com bicicletas, ou sem, com pedestres, enfim, acho que basta!
    É chegada hora de tomarmos pra nós, essa responsabilidade, e fazer valer nossos direitos.
    Sei que qualquer coisa que seja feita, não trará nossa amiga Márcia de volta, mas que esse incidente, não seja passado em branco, e sim mais um motivo para nos reunirmos e marcarmos cada vez mais nosso espaço nesta cidade que é minha, sua, nossa, e vamos estar cada vez mais unidos nesta luta por respeito e direitos, que geralmente são desrespeitados.

    Fica meus sinceros sentimentos, e minha vontade cada vez maior de lutar pelo que acredito…

    .

  28. Poti Campos says:

    Por favor, quero assinar o manifesto. Respeito à vida e à lei. Respeito aos ciclistas.

  29. Junto-me aos que lamentam pelo ocorrido.

    Vi a notícia na TV, mas só soube mesmo quem era a vítima a partir do relato da Renata Falzoni no módulo “Bike Reporter”, uma prestação de serviços da Eldorado FM. Sinal de que a grande mídia não está nem aí.

    Quantos mais precisarão pagar com a vida até que tenhamos leito carroçável apropriado para este que é um meio de transporte e de exercício de cidadania?

  30. Thales Segis Spadini says:

    resido numa cidade que era considerada na decada de 70 capital brasileira das biciletas (Joinville- SC),hoje em dia as vias publicas são totalmente para as motocicletas, automoveis nada de condições para o pedestre e ciclistas, que morrem assassinados pelo transito caotica

  31. Filipe says:

    assino em baixo!

    Filipe Franco de Souza

  32. Respeito. Nada mais pode nos salvar.
    E agora podemos contar com intervenção divina, nossa representante nos céus poderá nos ajudar junto de seus amigos anjos a proteger os que ainda estão por aqui nessa selva de pedra…
    Luz infinita pra ti, Márcia!
    E abraço aos pedalantes.

  33. Vocês já pensaram em colocar o manifesto aqui?
    http://www.petitiononline.com/

  34. nesse dia de luto, mais que nunca é preciso agir, lutar, não podemos esperar mais por isso : respeito à vida , ao próximo , a todos , sem limites . Faço parte . Edu Girão

  35. Cármen Sampaio Amendola says:

    Tomara o mundo se torne humano…
    A favor de que as bicicletas inundem as cidades.
    Por favor, coloquem meu nome no manifesto.

  36. Mariana Zdravca says:

    eu assino

  37. Não moro mais em São Paulo (o trânsito está entre as razões da mudança), mas andei muito de bicileta nessas ruas. Quando li a reportagem sobre o acidente me lembrei em cima da magrela na Paulista, em situações de risco iguaizinhas às descritas pelas testemunhas desse crime. Quantas vezes ciclista de SP passam por isso a cada dia? Quem será o próximo? Infelizmente só conheci o manisfesto devido ao acidente. Mas faço questão de assinar embaixo!
    O desrespeito começa no planejamento urbano e termina no auxílio às vítimas de acidentes.

  38. Que Deus a tenha! E que as bicicletas invadam o mundo.Quero meu nome no manifesto.

  39. eu tbm assino esse manifesto:
    Alexandre Palmieri (Kampa)

  40. Andre Galhardo says:

    Quero o meu nome no manifesto!!!
    Completamente indignado com o ocorrido…
    Sem palavras!!!!!
    Estarei dentro de qualquer manifestação pro bike!!!

  41. Drielle says:

    Vitor,

    Adiciona meu nome, por favor.

    Drielle Caroline Alarcon

  42. Roberval Garcia says:

    É bom lembrar a todos os motoristas o que diz o CNT:
    – Desrespeitar distância mínima do ciclista:
    Art. 201 (das infrações) – Deixar de guardar a distância lateral de um metro e cinqüenta centímetros ao passar ou ultrapassar bicicleta – Infração média, penalidade: multa.

  43. Roberval Garcia says:

    Por quê a CET e os PM´s não multam os motoristas por não guardarem um distância segura ao ultrapassarem um ciclista, acho que eles, assim como esse motorista de ônibus que matou uma mulher, também desconhecem a lei.

  44. Vlademir Maximiliano Rodrigues Pereira says:

    A CET e o governo de São Paulo só conheçem leis que favorecem o caixa deles, estas leis eles colocam muito bem em prática, e as que beneficiam o ciclista, os pedestres? Estas leis nenhum de nós vemos eles colocarem em prática.Adeus Marcinha!!!

  45. Mauro Baraldi says:

    Podem incluir meu nome!

    [s]
    Mauro

  46. José Carlos Basilio says:

    Fiquei chocado com a notícia sobre a ciclista que caiu da bike na Paulista. Pareceu tão próximo…
    O trânsito tem que ser controlado. Se o espaço é pouco, há que dividir o pouco, mas com racionalidade. De outra maneira viramos bichos.

  47. LAURO MARTINS DE OLIVEIRA says:

    Está na hora de nós ciclista de estrada tomarmos partido disto.Sinto que existe dois mundos de duas rodas.Muitos pegam o carro vão para USp,Rodovia dos Bandeirantes,etc,reclamam,reclamam e só.Outro mundo ,os ativos que lutam por nós.Temos que mudar isto e unir todas comunidades dos ciclistas,orkut,etc.Márcia Regina de Andrade Prado não pode ter ido em vão.

  48. LAURO MARTINS DE OLIVEIRA says:

    Por favor como coloco o meu nome no manifesto,me adc no orkut:(

  49. peveland says:

    Concordo integralmente. Por favor, coloque meu nome na lista de assinaturas: Paulo V. Delgado

  50. Michelle Bertolazi Gimenes says:

    Li a notícia no jornal e fiquei estarrecida em saber que o principal foco era o tamanho do congestionamento causado, não o atropelamento da ciclista. Felizmente posso ir trabalhar de metrô (que apesar de ser super-ultra-mega lotado ainda é a melhor opção), pois se decidisse ir de bike para o centro teria de ir pela Radial ou Celso Garcia, ou seja, seria praticamente o suicídio.
    Coloque meu nome no manifesto, por favor.

  51. VILMAR ANDERSON LINHARES says:

    O QUE ESPERAR DE UM PAÍS ONDE A TAXA DE VENDAS DE CARRO AUMENTA TODO ANO E A DE LIVROS FICA ESTAGNADA? O QUE ESPERAR DE UM PAÍS ONDE NEM 1% DAS PESSOAS NÃO TEM CURSO SUPERIOR? O QUE ESPERAR DE UM PAÍS ONDE AS PESSOAS TEM COMO DIVERSÃO PASSEAR DE CARRO E NA TV ASSISTEM BIG BROTHER? É LAMENTAVEL O QUE ACONTECE NAS GRANDES CIDADES COMO SP, BH E RIO… MAS EM VERDADE VOS DIGO, AQUI NO INTERIOR DE SC, NA PEQUENA E JÁ NEM TÃO PACATA RIO DO SUL, HÁ ATUALMENTE 55 MIL PESSOAS E MAIS DE 22 MIL CARROS! É MOLE OU QUER MAIS?
    POR AQUI, VEZ OU OUTRA CICLISTA MORRE ATROPELADO…FALA-SE POR 2 SEMANAS E DEPOIS CAI NO ESQUECIMENTO…MAS A MAIORIA AFIRMA: “TAMBEM, ESSE CARA É LOUCO DE ANDAR DE BICICLETA EM RIO DO SUL”.
    QUAL É? A RUA É PRA TODOS!
    ABAIXO AOS AUTOMOVEIS!
    BICICLETAS JÁ ! BICICLETA NA CESTA BÁSICA !

  52. Thatiane HIjano Costa says:

    Não vamos para de andar bike!!
    Mais educação.
    To dentroo.

  53. Ricardo Lacerda Bruns says:

    Eu assino o Manifesto dos Invisíveis.

    Marcia, nós te amamos!

    Bicicletada para sempre.

    Abraços,
    Bruns

  54. Também queria assinar! Não vou parar de andar de bike…

  55. lauro martins de oliveia says:

    Pessoal,estou tentando o acesso ao manifesto,como faço,por favor!!!!!!!!!!!!!
    Isto mesmo, não temos que esperar ciclovia e irmos as ruas.Temos que ter uma centralização de todos os grupos noturnos,que são os verdadeiros ativistas,ou estou errado!!

  56. Roberto Piani says:

    Comecei esta semana a ir ao trabalho de bike por estar cansado de enfrentar engarrafamentos, me estressar e poluir o ar.

    Meus colegas de trabalho riem de mim e me chamam de louco por essa tentativa de fazer a minha parte para uma cidade e uma vida mais saudável, mais harmoniosa, mais humana.

    Sinto pela transição da amiga de vcs e espero que a manifestação realizada tenha mudado alguma coisa na mente das pessoas que por lá passaram.

    Eu assino o Manifesto dos Invisíveis!

    Roberto Piani

  57. lewis says:

    em protesto pelo desreipeito aos ciclistas e em memoria a Marcia, EU ASSINO !

  58. Neide Gaspar says:

    E pensar que em algumas vias centrais de Paris, onde não há ciclovia, o ciclista trafega na faixa reservada aos ônibus…
    Por favor, incluam minha assinatura. E vamos cobrar por uma punição ao motorista do ônibus. Se não foi intencional, foi muita imperícia e esse homem é um perigo pelas ruas — como muitos de seus colegas.

  59. E saber que nossas pedaladas, noturnas ou não, não conseguem fazer com que as pessoas motorizadas encontrem pelo menos graça em nossa atitude, imagine respeito! Márcia queria ser pedalante por completo e vai continuar sendo onde quer que esteja!
    Só queremos ser respeitados!
    Sônia Skroski
    Grupo Saia na Noite – Mulheres de Bike – São Paulo

  60. Fabiano says:

    Vitor, já adicionei do Google Docs até a Neide Gaspar. Não acrescentei (ainda) o lewis, apenas.
    Fabiano

  61. Francisco Pellegrini says:

    Concordo 100%

    SDS

  62. É necessário deixar claro que precisamos de mais respeito no mesmo trânsito que circulam carros, pedestres, motoqueiros. O espaço entre nós é pouco, mas todos têm necessidades de chegar algum lugar.
    Optamos por este veículo que não polui, não nos deixa sedentários e é um meio de transporte mais econômico que não depende da ajuda de qualquer governo ou empregador. Para tanto é preciso observar com cuidado as supostas “Ciclovias” onde em alguns casos não nos protegem, não nos ajudam e que nos limitam num metro de extensão que não levam a lugar algum. Deveriam notar que a opção crescente no transporte por bicicletas refletem o meio econômico comparando com o péssimo transporte público que estamos sujeitos e o congestionado trânsito onde governo nenhum conseguiu controlar antes do seu enorme caos. As bicicletas servem para “LEVAR AO TRABALHO” e não para apenas lazer onde as ciclovias estão sendo construídas. A exemplo disto acompanhem na Zona Sul a Ciclovia da Av.Robert Kennedy ainda não acabada, mas que se tem a noção de como vai terminar, ou a da Colônia ou de Parelheiros.
    Lamento muito o acontecido com a colega ciclista e que seu nome não fique perdido apenas como estatística.

  63. inês castilho says:

    Vocês têm todo o meu apoio, embora eu não seja uma ciclista.

  64. Alencar says:

    Apenas desejo manifestar que ratifico tudo o que foi dito. Apoio o movimento. Abraços e vamos a uma porque os hunos estão à solta.

  65. Evandro L. Nappi says:

    Concordo com o manifesto, queremos respeito!

  66. Assinado!

    peço permissão para postar em meu blog este manifesto, aguardo e-mail!

  67. Vitor Chiarini Zanetta says:

    Força pro ciclismo !

    assinado !!

    Zanetta

  68. Marcos C Muniz says:

    A MUDANÇA NÃO PODE ESPERAR!
    BIKE É VIDA!

  69. Julio says:

    Aceito isso deveria começar primeiro nas cidades do grande ABC de São Paulo aqui não existe ciclovias e muito gente aqui trabalha de bicicleta.

  70. Fabiano says:

    Atualizado até o vitor

  71. Rex Biker says:

    Manifesto Assinado!

  72. mirko weber says:

    maravilhoso esse manifesto, expressa com clareza o que precisamos e buscamos.

  73. Olá, pessoal. Estou tomando a liberdade de publicar esse manifesto no meu blog, o Esquentadinho. Ele trata de trânsito, cidadania, meio ambiente e uma série de inconformismos. Achei o texto ótimo. Meus parabéns. Vamos tomar as ruas. Abraço a todos.

  74. nicole says:

    na boa sofro demais descriminacao no transito quando estou pedalando, respeito zero, onibus entao , nem se fala, se jogam pra cima de mim direto, terrivel, gostaria de poder pedalar com um luminoso nas costas a respeito da
    preferencia que temos pelo codigo do transito brasileiro…. mas…. bom abraco… e nao desisto luto pelos meus direitos…

  75. Igor says:

    Por favor, inclua meu nome na lista, está faltando!

    Igor Venturini Troiano Cury

  76. Conrado Akio Garulo Takayama says:

    muito boa a carta

  77. Conrado Akio Garulo Takayama says:

    assino em baixo

  78. Gostaríamos de assinar (Raquel C. Amaral e Diego F. Bruno) em abaixo. Essa é uma boa iniciativa.

    Site: aventura.sur10.net

    Obrigado e abraços,

    Raquel e Diego

  79. Conrado Akio Garulo Takayama says:

    conrado akio garulo takayama

  80. Gerson Romeu Baumer says:

    Parabéns pelo manifesto. A melhor forma de fazer com que sejamos respeitados como ciclistas é o trânsito compartilhado. Somente assim faremos parte do sistema viário. Ciclovias excluem, isolam e mantém os ciclistas afastados do fluxo de trânsito, fazendo com que não sejamos vistos, nem percebidos, pela maioria dos motoristas. O Código de Trânsito considera a bicicleta um veículo e como tal temos o direito de sermos incluídos no sistema viário, compartilhar as ruas com os demais veículos, termos respeitados nossos direitos de preferência e, importantíssimo, respeitarmos as leis, os demais veículos e os pedestres. Abraços.
    Gerson Romeu Baumer
    Joinville – SC.

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